sábado, 20 de outubro de 2012

Reticências da Vida

Quando menos esperamos
Ela passa e deixa rasto,
Leva aqueles que amamos
Leva quem nós não queremos
Nada se pode fazer
Nada se pode evitar
Não dá para esconder
Quando Ela te marcar
É indecente
Fria, nua e cruel 
Parece que não tem mente
Nem coração de papel
Ela é uma Donzela
Com um dom especial
Embora simples singela
O seu beijo é fatal
Custa muito a enfrentar
Depois Dela ter beijado
Mas temos de continuar
Não te sintas o culpado
Se nesta vida há problemas
Este não tem solução
É única nas certezas
E abala meio milhão
O dia está pra chegar
Todos temos de partir
A Morte vai-nos chamar
E nós só temos é de ir...
 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Liberdade

Um sorriso permanente,
Uma rotina diferente,
O aproximar da lua na mente,
Um flutuar na terra,
Alguém que não fala mas berra.

Uma liberdade contínua
Com uma porta para a lua
Um despertar pela estrada
Será como um encanto de uma fada?

Um essência natural,
Que nos encarna
E separa o bem do mal,
Uma nova nostalgia
Que arrasta o bom feeling do dia.

Cortado ao Meio

O tempo vai tomar a minha mente
Levá-la para longe, para onde não a possa encontrar
Vai matá-la de vida, inocente,
Vai cortá-la ao meio para que possamos continuar
De onde conseguir viver pela tentação de viver por ti
E se eu for para estar só, vou ver o que nunca vi
Provavelmente quebrarei com as nossas lágrimas
Com a nossa vida... furor?
Cresci nos braços dessa palavra inimiga
Uma seta de saudações, esse idiota corsor
Fecho os olhos e ponho os meus braços em teu torno
Sei que eu vou embora em breve e sabes que não paro de tremer
E vou passos seguidos para trás porque insisto em temer
E olho para baixo a partir dos teus olhos
Temo, temo, temo... uma palavra que há aos molhos
É tão doce e estou amedrontado
Que até o meu sentimento queima nesse jogo de pecado
Nessa bolha que eu sonhei... se eu tiver de estrangular
Coloco-me onde estiveres porque amei e fico aqui por odiar
O giro é que perdi a chamada que tens falsificado
Continua se paras, continua se vais, é ignorado
O que é que tentas provar? Que não valho nada?
Então pega nessas fortunas fenomenais
E leva-as para o transtorno da calçada
Envoltas nas mentiras e talvez nos calafrios?
O fumo que fica joga com poetas, assassinos e arrepios
Como uma borboleta violenta
Entre palavras, falas, falas e fica lá
Uma seta que rebenta, ouves, ouves e morre lá
Uma vez estive perdido mas agora estou encontrado
Com a mente de mendigo na mão do que é iluminado
No egoísmo de acreditar que o amor não tem fim
Que é teu eternamente no sonambulismo que há em mim
E não escondes e não temes e não tens e não sentes
No esquadrão do que não gemes, do padrão do que não mentes
Não valho nada, ya, tens razão
São mentiras diárias, numa prova de ladrão
Alegrias, melodias, maresias, euforias
Um espelho do caraças
Crenças e energias nesse lodo que dá graças
Nada... e o resto é ilusão
Um simples sonho que não teme, que não ganha, que não tem coração
Joguei com números, perdi a aposta e a palavra
A glória ficou-me no intestino e o valor... naquela oitava

sábado, 23 de junho de 2012

Amar

Hoje sinto-me diferente!
Hoje tenho vontade de sorrir,
De sem medos em frente seguir,
De tentar ser feliz sem receios!
De alcançar a felicidade através de todos os meios!
Hoje deste-me uma oportunidade e fizeste-me sentir importante...
Ontem havia uma saudade que hoje está tão distante...
E amanhã espero acordar para o mundo e para ti,
Com a mesma vontade que hoje tenho de te fazer feliz,
Com a mesma vontade de ter-te aqui!
Por isso o que espero da vida,
É que nada mude neste momento,
É estar a teu lado para sempre,
Contigo partilhar a brisa do vento,
A teu lado sentir o sol brilhar,
Caminhar contigo de mãos dadas...
E amar... amar... amar e só amar!

Espero-te... sempre...

Espero-te pela manhãzinha
Quanto o sol acorda e os sonhos
Cor-de-rosa, são substituídos
Pela realidade do dia à dia!
Vens num comboio, rápido,
Sem paragens intermédias,
De costa à costa do sentimento,
Repleto de imagens em movimento!
Imagens de amor, de desejo,
De sombras de luz e anseios,
Sorrisos tristonhos, e suspiros,
Amargo-doces em nossas bocas,
Coladas num amplexo sem fim...
Estou na estação terminal...
E o rápido vem à hora!
Na hora certa, afinal!
A tempo de nos amarmos!
Sem tempo limite para acabar...


Espero-te pela tardinha,
Quando o Sol começa a descer,
A caminho do descanso,
Depois de ter nos dado,
Tanto da sua luz e calor!
Trazes-me um pouco mais,
Daquilo que me dás,
Todos os dias, simplesmente...
Por existires e teres cruzado,
Um dia no meu caminho!
Lanchamos, de olhos nos olhos,
Frente a frente, tocando-nos
No peito o sentimento
Que não cansa, antes descansa,
E nos dá a força, para vivr,
E continuar a querer,
Cada vez mais, sonhar...


Espero-te à noitinha,
Depois do jantar, à luz das velas,
Depois do beijo de sobremesa,
Aquele beijo doce mel,
Derretendo calorias imensas,
Acendendo fornalhas intensas...
Na caminha, à luz da candeia,
Tremeluzente, brilham nossos olhos,
De paixão, docemente, incandescente
Teu corpo, enroscado no meu,
Tomando conta de mim,
És minha, sou teu,
Possuímo-nos, docemente,
No principio, e à medida,
Que a noite avança,
Abrimos o ar de nossos pulmões,
E a fornalha aquece, acelerando
A paixão, já de si intensa...
Alagamos os lençóis
Com nosso desejo despejado
Em beijos, catadupas e gemidos,
No cansar nosso de cada noite,
Um cansar que mais que nunca,
Nos descansa, quando o sono,
Toma conta de nós...
Sem sequer darmos conta...
E nossas respirações,
Antes aceleradas,
Tomam o ritmo de duas crianças,
Abraçadas e renascidas,
Num sono de criança,
E sonhamos de novo,
Os sonhos de nossa infância,
Como dois miúdos,
Felizes sem medo do futuro,
Que amanhã, de manhãzinha,
Vem de novo, sorrateiramente,
Ao nosso encontro,
E nos encontra, abraçados
E confiantes...

Aguardo-te

Anda...
Vem beber nos meus lábios
Não digas nada... fica em silêncio
Há um lugar dentro de mim que só existe por ser para ti
Beija-me apenas!
Sabes o que sinto.
Sei o que sentes
Regemo-nos por critérios complicados
E mesmo que o negues sabes
Que estamos por dentro um do outro.
Hoje... Queria-te à minha espera...

E depois... Ah, amor, depois...

Depois fico à espera das tuas palavras, gozando
Este calor que sinto no peito que prova o quão especial
É esta a nossa relação que roda
Da loucura à paixão.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sentimento

Como pode um sentimento
Provocar tamanho ferimento
Ferimento tão profungo
Difícil de curar.
Às vezes traz sorrisos
Mas também traz tristeza
É um sentimento tão grandioso
Que destrói até a maior fortaleza
Movido por paixões
Atraído por beleza
Consigo carrega tranquilidade
Mas também carrega a dor
O sentimento puro
Que dá pelo nome de
AMOR