O tempo vai tomar a minha mente
Levá-la para longe, para onde não a possa encontrar
Vai matá-la de vida, inocente,
Vai cortá-la ao meio para que possamos continuar
De onde conseguir viver pela tentação de viver por ti
E se eu for para estar só, vou ver o que nunca vi
Provavelmente quebrarei com as nossas lágrimas
Com a nossa vida... furor?
Cresci nos braços dessa palavra inimiga
Uma seta de saudações, esse idiota corsor
Fecho os olhos e ponho os meus braços em teu torno
Sei que eu vou embora em breve e sabes que não paro de tremer
E vou passos seguidos para trás porque insisto em temer
E olho para baixo a partir dos teus olhos
Temo, temo, temo... uma palavra que há aos molhos
É tão doce e estou amedrontado
Que até o meu sentimento queima nesse jogo de pecado
Nessa bolha que eu sonhei... se eu tiver de estrangular
Coloco-me onde estiveres porque amei e fico aqui por odiar
O giro é que perdi a chamada que tens falsificado
Continua se paras, continua se vais, é ignorado
O que é que tentas provar? Que não valho nada?
Então pega nessas fortunas fenomenais
E leva-as para o transtorno da calçada
Envoltas nas mentiras e talvez nos calafrios?
O fumo que fica joga com poetas, assassinos e arrepios
Como uma borboleta violenta
Entre palavras, falas, falas e fica lá
Uma seta que rebenta, ouves, ouves e morre lá
Uma vez estive perdido mas agora estou encontrado
Com a mente de mendigo na mão do que é iluminado
No egoísmo de acreditar que o amor não tem fim
Que é teu eternamente no sonambulismo que há em mim
E não escondes e não temes e não tens e não sentes
No esquadrão do que não gemes, do padrão do que não mentes
Não valho nada, ya, tens razão
São mentiras diárias, numa prova de ladrão
Alegrias, melodias, maresias, euforias
Um espelho do caraças
Crenças e energias nesse lodo que dá graças
Nada... e o resto é ilusão
Um simples sonho que não teme, que não ganha, que não tem coração
Joguei com números, perdi a aposta e a palavra
A glória ficou-me no intestino e o valor... naquela oitava
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
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