quinta-feira, 12 de maio de 2011

Funeral de um Amor...

Já me secaram as lágrimas,
Todas desperdiçadas,
Como este amor dorido,
Que alguém esqueceu,
E deitou fora como coisa pouca...
Mas não eu...
Ainda recordo sem querer,
Em amargos pesadelos.
Tempos que foram parte
De um doce sonho,
Que alguém impio, apagou!
Já fiz o enterro deste amor,
Deixei-lhe mil flores,
E um ria de lágrimas...
Num caixão forrado a ouro!
Carpi minhas mágoas,
Pela última vez,
De joelhos me despi,
Da minha maior ilusão!
Ainda uso o luto,
Mas aos poucos,
Quero aprender de novo
A rir, a respirar,
Quero de novo voltar,
A sentir o sangue correr...
E o frio do desespero,
A amargura da saudade,
Que aos poucos,
Se tornem no calor,
Da esperança,
Na doçura de um sorriso,
Daquela que eu sei que existe,
Que um dia será,
Uma nova razão,
Para eu voltar a viver...
E nesse dia vestirei,
A minha roupa mais garrida,
E farei brinde à nova vida!
Que eu sei que há de vir!
E então, as flores em meu jardim,
Voltarão de novo a flurir!
E a flor mais bela,
Podem crer que será ela...
Aquela que ainda um dia,
Eu sei que irei amar...
Como se fosse a primeira,
E que há de ser a última!

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