terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Doce Feiticeira

Doce feiticeira
Dos meus sonhos,
Enfeitiça-me de novo,
Uma vez mais!
Com o teu mágico sopro!
Canta a ladainha,
Prepara a poção,
Rouba-me a alma!
Arranca-me o coração!
Doce feiticeira,
Doce sonhadora,
Sê minha dona
Por uma noite!
Ou por todas elas...
Desta em diante,
Apenas o queiras,
Serei teu novo diamante,
Brilhando para ti,
Enriquecendo-te de amor!
Serei teu escravo,
Amante louco sem pudor!
Doce feiticeira,
Cura-me esta doença!
Louca dependencia,
Do teu beijo, do teu corpo,
Do teu toque, do teu sopro!
É este desejo louco..
De estar contigo,
Mais que só um pouco...

Palavra Não Dita

E é por isso que te chamo
No espaço, para mais ninguém
Se atrever a ouvir o teu nome.

E procuro-te no escuro,
És a estrela mais brilhante,
A que sempre me guia quando estou perdido.

No meu distante chamamento,
No teu distante ouvir,
Uma palavra ecoa por todo o universo,
Uma palavra jamais dita
Para os outros ouvirem.

Encontras-me no escuro,
E o ponteiro da bússola, que aponta
Sempre para ti, gira sem parar.

E é por isso que te chamo
No espaço, por seres a única
Que ouve o meu chamamento.

Quero-te

Deixa-me revelar-te vezes sem fim. Milhares de verdades insustentáveis. Desejos incontáveis e imperdoáveis. Que queimam bem fundo, dentro de mim. Roço agora docementeo inefável, toco-te de leve. É incontrolável. São esses olhos que me chama, são os teus ais que me aclamam! Abraço-te, querendo ser novelo com paixão, mergunlho em teu cabelo castanho, macio, um caos de torvelinhos. Navego na ondas, descubro um caminho. Quero ser o dono do teu Céu! Se tu, rainha e dona já és do meu! Aperto o teu peito macio o pulsante, onde bate lougo um belo diamante. Nos teus lábios, sacio a minha sede. Como sabe bem prender-me na tua rede. Santa ou pecadora? És o meu Universo, és a rima, em qualquer meu verso! Mergulho em apneia nos teus montes. Viajante, explorador, voo sem asas. Plano sobre a fogueira, sinto as brasas, bebo o fogo do desejo, construo ponte. Atravesso este oceano num rompante. Em chamas derreto-me sobre ti, chuva de lava, ou cometa ardente? Galopando para um prazer sem fim. Em nossas bocas a loucura mata a fome. Todos, línguas, esgrimimos salivas viperinos, e esguos, sem controle. E o desejo é um lobo nas noites vadias. Rasgo-te a carne que meu varão pede. Ferro em brasa marcando-te o ventre. Ah! Doce o prazer! Infame a vontade de me perder e em ti encontrar realidade! Com toda a razão para que não me detivesse, nesta corrida para o abismo dentro de mim. Como se morresse e de novo renascesse, num eterno orgasmo, sem principio nem fim! Sou processo de um desejo que me habita, desta vontade, de quebrar o que nos limita! Cavalgarei teu corpo como alazão selvagem, cego e ofegante, suando na voragem! Minha besta está sem controle, ferá à solta, pedindo Sangue e amor à primeira dentada! Vem a meus dentes que ansiam pela caçada, toma-me em teu colo e aceita-me a revolta! Sabes tão bem quanto eu , como somos os dois, a causa e o efeito, o antes e o depois! E se é verdade que o futuro ainda não está escrito, sei que tudo o que tu disseres, nunca será mal dito, porque a tua voz é a melodia que mais quero ouvir. Até que o tempo, deixe para sempre de existir.

Não Interessa

Não interessa a razão porque te quero!
Não quero saber porque te amo assim!
Não me importam para nada os motivos pelos quais te vejo,
Pelos quais preciso de ti para ser feliz!
Não preciso de olhar ao microscópio este sentimento!
Detestaria sequer perder um segundo procurando, os porquês
Ou o sentido de assim de te amar!
Tudo o que quero é que saibas o quanto te quero!
Que te quero dia e noite, noite e dia!
Que a minha vida sem ti perde todo o encanto!
Que tu és a minha meta e a minha partida!
Que tu és o sol do meu dia,a lua da minha noite!
Que se sorrio ao ver uma andorinha
É por sonhar que um dia, ela me trará em suas asas
Um pouco do amor que perdes-te pelo caminho!
Que se tenho vontande de acordar pela manhã,
É porque sei que mais um dia vai passar,
É mais um dia para te amar!
Não preciso que me ames,
Para continuar, assim amando-te
Nem mesmo preciso de existir...
Porque se eu hoje morresse...
Este amor não morreria!
Ficaria eternamente nas palavras que te escrevi,
Nestes gestos soltos e loucos
Nesta ânsia de viver a vida que recusas,
Uma vida que era para a teu lado ser vivida!
E ainda assim, morreria feliz por te ter amado!
A frase que a ti te dedico todos os dias:
"Amo-te!"

Esta Noite

Esta noite quero partir
Encontrar o meu caminho e seguir
Quero ver as estrelas no ar
E sorrir sem pensar
Quero acordar
Quero ver os peixes a dançar
A lua cheia a rodar
Quero sentir a emoção
E voltar a dar-te a mão
O mar em que navego
E os sentimentos que não nego
Ensina-me a sentir
E sonhar para partir
Quero ver as ideias a saltar
Os sonhos a mergulhar
Acordar e ver-te
O sonho da emoção
Dá-me ilusão
Do que posso merecer
A noite vou aproveitar
Nela mergulhar
Nadar com os peixes e vencer
As estrelas no ar
Dizem-me para voltar
E voar no teu ser
Volto a sonhar
Espero não acordar
Pois já começo a ver
A noite acabou
E eu bem sei como começou
Já sei quem eu sou!

Felicidade

Bateu em minha porta
Vacilei
Não quis abrir
Pensei que fosse a saudade que me vinha a perseguir
Bateu de novo com força
Mas mais não insistiu
Desceu as escadas
E para sempre partiu
Partiu e na porta deixou escristas estas palavras fatais
"Eu sou a felicidade e não volto nunca mais".