sexta-feira, 20 de maio de 2011

Poesia

Por vezes desejamos exprimir-nos, mas pegamos em papel e caneta e nenhuma palavra conseguimos escrever. Pois é quando menos esperamos que pousamos uma pena em pergaminho e as frases se constróem, fluindo num mar infinito de sentimentos. Mas a poesia é de todos, as belas palavras estão em todos os corações e em todas as almas.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Funeral de um Amor...

Já me secaram as lágrimas,
Todas desperdiçadas,
Como este amor dorido,
Que alguém esqueceu,
E deitou fora como coisa pouca...
Mas não eu...
Ainda recordo sem querer,
Em amargos pesadelos.
Tempos que foram parte
De um doce sonho,
Que alguém impio, apagou!
Já fiz o enterro deste amor,
Deixei-lhe mil flores,
E um ria de lágrimas...
Num caixão forrado a ouro!
Carpi minhas mágoas,
Pela última vez,
De joelhos me despi,
Da minha maior ilusão!
Ainda uso o luto,
Mas aos poucos,
Quero aprender de novo
A rir, a respirar,
Quero de novo voltar,
A sentir o sangue correr...
E o frio do desespero,
A amargura da saudade,
Que aos poucos,
Se tornem no calor,
Da esperança,
Na doçura de um sorriso,
Daquela que eu sei que existe,
Que um dia será,
Uma nova razão,
Para eu voltar a viver...
E nesse dia vestirei,
A minha roupa mais garrida,
E farei brinde à nova vida!
Que eu sei que há de vir!
E então, as flores em meu jardim,
Voltarão de novo a flurir!
E a flor mais bela,
Podem crer que será ela...
Aquela que ainda um dia,
Eu sei que irei amar...
Como se fosse a primeira,
E que há de ser a última!

Em Silêncio...

Adoro o silêncio de um beijo teu
Vivo da luz de um sonho,
De criança...
Do sussurro de uma esperança
Incontida nas paredes da mente,
De um anjo!
Espero pelo teu olhar
Percorrendo-me,
Traçando rumos em mim!
Para sentir na pele
As tuas expectativas!
Quero escutar, com a alma,
As palavras que nunca me dirás
Porque não serão precisas...
Ler de teus lábios,
Com o coração,
Tuas fantasias mais impossiveis!
Sentir teu sorriso de olhos fechados,
Dançando ao ritmo do teu respirar!
Nada mais me faria sentir
Mais intensamente
A fúria da vida, pulsando
Do que o que pressinto
Nos sentimentos que deixas
Nesta alma sem salvação,
Ou que enfim, talvez apenas
Por ti possa ser salva!
Assim o ouses...


Look in the mirror!!
(and there you will find me!)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Como um poema!

Como um poema,
Tiras-me a respiração!
Com curvas assim,
Soltas-me a inspiração!
Como um rosa,
Singela e selvagem,
Teu cheiro me inflama,
E esse perfil,
De fera à solta,
Tira-me do sério,
Ai esse cabelo!
Revolto e solto,
Ondulado ao vento,
Solto um ai, um lamento!
Ai quem me dera!
Prender essa fera!
Sentir bem de perto,
O teu coração!
Provar o sabor,
Do teu lindo sorriso!
Fazer-te render,
A tudo o que sinto!
Só de olhar,
Só de pensar...
E perder o tino,
Pois claro, que desatino!
Não foi difícil,
Olhar para ti,
Tem esse efeito...
O difícil depois,
Foi terminar...
Porque de ti...
Jamais me iria cansar,
E podes crer,
Que custa a valer,
Ter mesmo de acabar

Esta é a história de um amor

Todas as flores que te puder comprar!
Em todas as noites sem fim!
Creio que já me estou a passar!
Mas não faz mal, mesmo assim!

Esta é a história de um amor.
De um homem que enlouqueceu de dor,
E em todas as noites de festa,
Dança até esqeucer, nada mais lhe resta!

Naõ se cansa de dançar e com o amor sonhar,
Mesmo que já tenha perdido o seu par...
Meu amor! Creio que já perdi a razão!
E agora, apenas me resta esta doce ilusão...

Na pista estarás sempre a meu lado,
Teu corpo no meu entrelaçado,
Mesmo que para pagar, apenas a loucura,
Seja a minha eterna factura...

No virar das tuas costas

Foi no virar de costas
Do último adeus,
No dia em que de vez,
Partiste e me levaste,
Toda a razão de viver,
Que perdi finalmente,
O último sopro
De uma esperança,
Cega que teimava
Em querer viver!
Razão única era essa,
Para o meu ténue respirar,
No receio de desequilibrar,
O fio da navalha,
Pendente sobre o amor,
Que ainda existia,
Talvez numa dimensão
Que nunca poderás tocar!
Contudo com o teu gesto,
Que considero louco,
Injustificado e surdo...
Guilhotinaste de vez,
A última razão,
Que eu ainda reservava,
Para poder sorrir,
Quando o sol nascia...
Agora... resta-me a noite,
A morte em vida,
Que vai tomar conta,
Da minha alma,
Agora moribunda...
Como Pilatos,
Lavas as tuas mãos,
De um sangue,
Tão quente e vermelho,
Que nem por instantes,
Pensas-te quanto iria jorrar...
Sê feliz, no teu caminho,
De alegre trituradora,
De carne para canhão...
E que nunca caias ao chão...
Como a mim me atiraste...
Sem honra nem glória,
Com um golpe sujo,
Sem misericórdia!

É como...

É como um sonho,
Mas mal sonhado,
É como um gosto,
Tão inesperado,
É como um choro
Tão desesperado.
É como um fim,
Não desejado!
Ou como o principio
A ferros arrancado!
Não há amanha,
E o ontem morreu!
E nada mais resta,
Senãon uma brecha,
Por onde o Sol,
Espreita o dia!
Eu sei que nada disto,
tem um sentido,
Tal como a morte,
É apenas o começo,
Que daqui parta,
Louco à desfilada,
Como um lobo,
Solitário na pradaria,
Como um grito surdo,
Ecoando na alma,
Acendo esta chama,
Que não ilumina
Que arde em silêncio,
Um meu monumento
Erguido em sofrimento,
Um cego lamento,
Sem fim, nem limite,
Um grito de amor,
Que fique no vento!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Levantar-me-ei de novo!

Agarro-me a ti como se fosses vidro moído
Cada toque cortando mais fundo que o último
Sei que devia até a tua lembrança apagar
Mas parece que até tenho gosto em sangrar!

Beijos envenenados prenderam-me nesta prisão
A minha vida ficou desfeita nesta insatisfação
E não consigo com esta necessidade terminar
Este vicio infindável que alimento sem cessar!

Anjos em fogo
Caindo do céus,
E o Céu e o Inferno
Vão arder esta noite!
Coberto pelas cinzas
Gritarei pelo teu nome,
E saindo sas chamas
Levantar-me-ei de novo!

Corre para as sombras onde tu escondes
Daquilo que eu mais desejo, tu só foges!
Nada mais é sagrado e tudo está errado!
Mas eu continuo ainda a isto agarrado!

Nenhuma tentação será o meu pecado!
Tudo o que eu queria era ter-te a meu lado!
Foste protistuta de um amor, e foste paga em demasia!
Paguei com meu coração por uma víbora vadia!

Só te digo uma coisa, a ti cabra sem perdão!
Não mereceste nunca o meu sagrado coração,
E pagarás por isso nem que seja no Inferno,
O teu sofrimento só poderá mesmo ser eterno!

Abraça-me!

"Todos nós precisamos de um tempo
Longe um do outro" ouvi-te dizer...
"Todo o amor precisa de umas férias,
Em separado" continuaste dizendo...

Abraça-me agora, por favor!
É tão difícl dizer "Desculpa!"
E queria tanto dizer-te "Fica!"!
Nem me imagino vivendo sem o teu amor!

Depois de tudo pelo o que passámos,
Irei te recompensar, prometo-te!
E depois de tudo o que foi dito e feito,
Tu és a parte de mim que não poderei perder!

Naõ consigo suportar que o meu corpo
Esteja longe de ti, nem por um só dia,
Naõ quereria nunca que a distância,
Fosse o que existiria entre mim e aquela que amo!

Seja lá onde for, quando chegarmos, iremo saltar!
Ninguém no verá, porque só nós, lá iremos estar!
Na realidade, sabem bem que isso não importa,
Abraça-me, quero já levar-te, para o resto da nossa vida!

À Procura

Por vezes ao procurares o amor
Talvez ele pareça estar tão perto...
Mas estará talvez bem longe...
Já pensaste que por vezes
Uma miragem pode ser tão real,
Mas nunca a conseguirás tocar?
E que até pode ser um eco,
A voz que pareces escutar?
E o pior de tudo é aquele cego
Que só vê o que quer ver,
E o surdo que nada escuta...
Pensando tudo ouvir!
Não basta olhar com a vista,
Se não se sente com o coração,
Não basta desejar um ser,
Se ele nãp te quer conhecer...
Será que o amor de ti se esconde?
Ou será que tu só o queres ver,
Aonde ele nunca esteve...
Ou em que nunca poderá ter?
Olha por cima do ombro,
Aonde o olhar se perde,
Escuta com a tua alma
Lê com o coração.
As pistas são tão claras...
Não te deixarei tropeçar,
Existem uns braços esperando-te,
Desde o momento em que acredites
Que a verdade é mais do que vês,
E por vezes bem mais do que julgas...
Naõ julgues, acredita... e dá apenas o passo
Que te falta, para teres o que procuras...

O amor é uma guerra!

Sou um homem
Tentando entender
A razão pela qual
Me perdi neste Mundo!
No passado
Estava cego
E não vi os sinais,
Apanhado na tua teia
De pura mentira!

É demasiado escuro para dormir
Demasiado tarde para rezar,
Demasiado difícil de alcançar
Demasiado para poder ser salvo!

Já foste antes o meu amor
E agora és minha inimiga
A paixão virou ódio e por tua culpa
Até vale a pena tornar o ódio minha causa!
Hei-de reescrever a história
E deixaraás de existir para mim!
A partir do dia em que cruzaste a linha
Descobri que o amor é uma guerra!

A vida passa ferozmente
Mais rápida que o relâmpago
E desfaz-me em mil pedaços
Sem tempo de dizermos "Adeus!"

Demasiado assustado para correr
Demasiado orgulhoso para me esconder
Demasiado longe para cair
Demasiado alto para subir!

Baixei minhas defesas
Abri-te a porta de par em par
Dei-te tudo o que desejavas
Até não te poder mais dar!
E ainda ssim, dei-te tudo!
E disseste que era tudo ou nada!
Para ti era só um jogo!
Um jogo que nunca perdeste!

Mas eu vou reescrever as regras!
E por-te onde tu mereces ficar!
No sitio onde todas as pérfidas
Como tu merecerão sempre estar!

Por Medo

Muitos dizem que o olhar diz tudo,
Que através dos olhos se vê a realidade.
Que basta um indivíduo, seja surdo ou mudo,
Para desvendar se lhe dará ou tirará a felicidade.

O olhar a mim traz-me cegueiras
Tempestades de areia que me impedem de ver,
Chuvasque apagam fogueiras,
Nevões que levam vestígios e memórias do meu ser.

Vejo apenas os teus olhos, que brilham além do diamante,
Aqueles que me impedem de te compreender.
E sem desvendar esse segredo, caio ofegante...
Deixo de procurar pois o medo persegue-me a correr.

Este amortalha o desejo da realidade ter conhecimento.
Contento-me em imaginar que não seria bom saber.
Tornas-te então parte dos sonhos que não terão acabamento.
Ainda não sei o que me és, pois morreu o Querer...

Tenho medo

Tenho medo... Porquê?
Deixa estar eu conto não é segredo

Tenho medo de acordar e não te ver,
Não te ter para me aquecer os olhos
Tenho medo de sair da cama
Olhar para os lençois e nem ver lama
Tenho medo de sair porta fora e ver que não estás lá
Ver-te na névoa, ver-te em tudo menos cá
Tenho medo de olhar para mim e estar sozinho
Não te ter perto de mim para me dar carinho
Tenho medo de caminhar por terra e mar
Fugir daqui por mesericórdia, para conseguir ganhar
Tenho medo de entrar na escola e não conseguir aprender
Olhar para os livros e nada poder ler
Tenho medo do futuro que me exige o saber
Conhecer as rimas do mundo quando ele nem sabe ser
Tenho medo de entrar num campo e ter todos lá menos tu
De ter a companhia do calor, dos nervos do teu olhar ausente, frio e cru
Tenho medo de nunca mais sorrir
Ter de adormercer e nunca mais partir
Tenho medo de acordar um dia e não saber onde me enfiar
Tenho medo de te ter, tenho medo de te amar
Tenho medo de te magoar, sorrirei e em vão fazer-te chorar
Tenho medo de dizer o que tenho, tenho medo de escrever
Tenho medo de te perder, tenho medo, sim, de tudo o que existe
Tudo o que fluíste desde que me quiseste conhecer...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Amizade

Há que aproveitar a vida
Viver todos os bons momentos,
Não ficar a pensar no que já passou,
Porque é tempo que perdemos.

O que já passou não volta,
Temos de seguir em frente,
Podemos sentir alguma revolta,
Mas ficar a moer o passado é tempo perdido estupidamente.

Às vezes é difícil,
Há sempre qualquer coisa que não nos deixa avançar,
Para isso existem aqueles amigos,
Aqueles em que podemos confiar, pois "Amigo é aquele que confia".

Se neles podemos confiar,
Temos que com eles conseguir desabafar,
Pois são eles que nos iram ajudar,
E com isso mais alegres conseguiremos ficar.

Esses grandes amigos moram no meu coração,
E não pode ser coisa pequenininha,
Pois de todos temos de nos lembrar.

Os amigos são a melhor coisa da vida,
Com eles podemos sempre contar,
Eles longe de ti nunca poderam estar,
Porque no coração eles sempre têem de morar.