terça-feira, 10 de maio de 2011

Levantar-me-ei de novo!

Agarro-me a ti como se fosses vidro moído
Cada toque cortando mais fundo que o último
Sei que devia até a tua lembrança apagar
Mas parece que até tenho gosto em sangrar!

Beijos envenenados prenderam-me nesta prisão
A minha vida ficou desfeita nesta insatisfação
E não consigo com esta necessidade terminar
Este vicio infindável que alimento sem cessar!

Anjos em fogo
Caindo do céus,
E o Céu e o Inferno
Vão arder esta noite!
Coberto pelas cinzas
Gritarei pelo teu nome,
E saindo sas chamas
Levantar-me-ei de novo!

Corre para as sombras onde tu escondes
Daquilo que eu mais desejo, tu só foges!
Nada mais é sagrado e tudo está errado!
Mas eu continuo ainda a isto agarrado!

Nenhuma tentação será o meu pecado!
Tudo o que eu queria era ter-te a meu lado!
Foste protistuta de um amor, e foste paga em demasia!
Paguei com meu coração por uma víbora vadia!

Só te digo uma coisa, a ti cabra sem perdão!
Não mereceste nunca o meu sagrado coração,
E pagarás por isso nem que seja no Inferno,
O teu sofrimento só poderá mesmo ser eterno!

Abraça-me!

"Todos nós precisamos de um tempo
Longe um do outro" ouvi-te dizer...
"Todo o amor precisa de umas férias,
Em separado" continuaste dizendo...

Abraça-me agora, por favor!
É tão difícl dizer "Desculpa!"
E queria tanto dizer-te "Fica!"!
Nem me imagino vivendo sem o teu amor!

Depois de tudo pelo o que passámos,
Irei te recompensar, prometo-te!
E depois de tudo o que foi dito e feito,
Tu és a parte de mim que não poderei perder!

Naõ consigo suportar que o meu corpo
Esteja longe de ti, nem por um só dia,
Naõ quereria nunca que a distância,
Fosse o que existiria entre mim e aquela que amo!

Seja lá onde for, quando chegarmos, iremo saltar!
Ninguém no verá, porque só nós, lá iremos estar!
Na realidade, sabem bem que isso não importa,
Abraça-me, quero já levar-te, para o resto da nossa vida!

À Procura

Por vezes ao procurares o amor
Talvez ele pareça estar tão perto...
Mas estará talvez bem longe...
Já pensaste que por vezes
Uma miragem pode ser tão real,
Mas nunca a conseguirás tocar?
E que até pode ser um eco,
A voz que pareces escutar?
E o pior de tudo é aquele cego
Que só vê o que quer ver,
E o surdo que nada escuta...
Pensando tudo ouvir!
Não basta olhar com a vista,
Se não se sente com o coração,
Não basta desejar um ser,
Se ele nãp te quer conhecer...
Será que o amor de ti se esconde?
Ou será que tu só o queres ver,
Aonde ele nunca esteve...
Ou em que nunca poderá ter?
Olha por cima do ombro,
Aonde o olhar se perde,
Escuta com a tua alma
Lê com o coração.
As pistas são tão claras...
Não te deixarei tropeçar,
Existem uns braços esperando-te,
Desde o momento em que acredites
Que a verdade é mais do que vês,
E por vezes bem mais do que julgas...
Naõ julgues, acredita... e dá apenas o passo
Que te falta, para teres o que procuras...

O amor é uma guerra!

Sou um homem
Tentando entender
A razão pela qual
Me perdi neste Mundo!
No passado
Estava cego
E não vi os sinais,
Apanhado na tua teia
De pura mentira!

É demasiado escuro para dormir
Demasiado tarde para rezar,
Demasiado difícil de alcançar
Demasiado para poder ser salvo!

Já foste antes o meu amor
E agora és minha inimiga
A paixão virou ódio e por tua culpa
Até vale a pena tornar o ódio minha causa!
Hei-de reescrever a história
E deixaraás de existir para mim!
A partir do dia em que cruzaste a linha
Descobri que o amor é uma guerra!

A vida passa ferozmente
Mais rápida que o relâmpago
E desfaz-me em mil pedaços
Sem tempo de dizermos "Adeus!"

Demasiado assustado para correr
Demasiado orgulhoso para me esconder
Demasiado longe para cair
Demasiado alto para subir!

Baixei minhas defesas
Abri-te a porta de par em par
Dei-te tudo o que desejavas
Até não te poder mais dar!
E ainda ssim, dei-te tudo!
E disseste que era tudo ou nada!
Para ti era só um jogo!
Um jogo que nunca perdeste!

Mas eu vou reescrever as regras!
E por-te onde tu mereces ficar!
No sitio onde todas as pérfidas
Como tu merecerão sempre estar!

Por Medo

Muitos dizem que o olhar diz tudo,
Que através dos olhos se vê a realidade.
Que basta um indivíduo, seja surdo ou mudo,
Para desvendar se lhe dará ou tirará a felicidade.

O olhar a mim traz-me cegueiras
Tempestades de areia que me impedem de ver,
Chuvasque apagam fogueiras,
Nevões que levam vestígios e memórias do meu ser.

Vejo apenas os teus olhos, que brilham além do diamante,
Aqueles que me impedem de te compreender.
E sem desvendar esse segredo, caio ofegante...
Deixo de procurar pois o medo persegue-me a correr.

Este amortalha o desejo da realidade ter conhecimento.
Contento-me em imaginar que não seria bom saber.
Tornas-te então parte dos sonhos que não terão acabamento.
Ainda não sei o que me és, pois morreu o Querer...

Tenho medo

Tenho medo... Porquê?
Deixa estar eu conto não é segredo

Tenho medo de acordar e não te ver,
Não te ter para me aquecer os olhos
Tenho medo de sair da cama
Olhar para os lençois e nem ver lama
Tenho medo de sair porta fora e ver que não estás lá
Ver-te na névoa, ver-te em tudo menos cá
Tenho medo de olhar para mim e estar sozinho
Não te ter perto de mim para me dar carinho
Tenho medo de caminhar por terra e mar
Fugir daqui por mesericórdia, para conseguir ganhar
Tenho medo de entrar na escola e não conseguir aprender
Olhar para os livros e nada poder ler
Tenho medo do futuro que me exige o saber
Conhecer as rimas do mundo quando ele nem sabe ser
Tenho medo de entrar num campo e ter todos lá menos tu
De ter a companhia do calor, dos nervos do teu olhar ausente, frio e cru
Tenho medo de nunca mais sorrir
Ter de adormercer e nunca mais partir
Tenho medo de acordar um dia e não saber onde me enfiar
Tenho medo de te ter, tenho medo de te amar
Tenho medo de te magoar, sorrirei e em vão fazer-te chorar
Tenho medo de dizer o que tenho, tenho medo de escrever
Tenho medo de te perder, tenho medo, sim, de tudo o que existe
Tudo o que fluíste desde que me quiseste conhecer...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Amizade

Há que aproveitar a vida
Viver todos os bons momentos,
Não ficar a pensar no que já passou,
Porque é tempo que perdemos.

O que já passou não volta,
Temos de seguir em frente,
Podemos sentir alguma revolta,
Mas ficar a moer o passado é tempo perdido estupidamente.

Às vezes é difícil,
Há sempre qualquer coisa que não nos deixa avançar,
Para isso existem aqueles amigos,
Aqueles em que podemos confiar, pois "Amigo é aquele que confia".

Se neles podemos confiar,
Temos que com eles conseguir desabafar,
Pois são eles que nos iram ajudar,
E com isso mais alegres conseguiremos ficar.

Esses grandes amigos moram no meu coração,
E não pode ser coisa pequenininha,
Pois de todos temos de nos lembrar.

Os amigos são a melhor coisa da vida,
Com eles podemos sempre contar,
Eles longe de ti nunca poderam estar,
Porque no coração eles sempre têem de morar.