terça-feira, 10 de maio de 2011

Abraça-me!

"Todos nós precisamos de um tempo
Longe um do outro" ouvi-te dizer...
"Todo o amor precisa de umas férias,
Em separado" continuaste dizendo...

Abraça-me agora, por favor!
É tão difícl dizer "Desculpa!"
E queria tanto dizer-te "Fica!"!
Nem me imagino vivendo sem o teu amor!

Depois de tudo pelo o que passámos,
Irei te recompensar, prometo-te!
E depois de tudo o que foi dito e feito,
Tu és a parte de mim que não poderei perder!

Naõ consigo suportar que o meu corpo
Esteja longe de ti, nem por um só dia,
Naõ quereria nunca que a distância,
Fosse o que existiria entre mim e aquela que amo!

Seja lá onde for, quando chegarmos, iremo saltar!
Ninguém no verá, porque só nós, lá iremos estar!
Na realidade, sabem bem que isso não importa,
Abraça-me, quero já levar-te, para o resto da nossa vida!

À Procura

Por vezes ao procurares o amor
Talvez ele pareça estar tão perto...
Mas estará talvez bem longe...
Já pensaste que por vezes
Uma miragem pode ser tão real,
Mas nunca a conseguirás tocar?
E que até pode ser um eco,
A voz que pareces escutar?
E o pior de tudo é aquele cego
Que só vê o que quer ver,
E o surdo que nada escuta...
Pensando tudo ouvir!
Não basta olhar com a vista,
Se não se sente com o coração,
Não basta desejar um ser,
Se ele nãp te quer conhecer...
Será que o amor de ti se esconde?
Ou será que tu só o queres ver,
Aonde ele nunca esteve...
Ou em que nunca poderá ter?
Olha por cima do ombro,
Aonde o olhar se perde,
Escuta com a tua alma
Lê com o coração.
As pistas são tão claras...
Não te deixarei tropeçar,
Existem uns braços esperando-te,
Desde o momento em que acredites
Que a verdade é mais do que vês,
E por vezes bem mais do que julgas...
Naõ julgues, acredita... e dá apenas o passo
Que te falta, para teres o que procuras...

O amor é uma guerra!

Sou um homem
Tentando entender
A razão pela qual
Me perdi neste Mundo!
No passado
Estava cego
E não vi os sinais,
Apanhado na tua teia
De pura mentira!

É demasiado escuro para dormir
Demasiado tarde para rezar,
Demasiado difícil de alcançar
Demasiado para poder ser salvo!

Já foste antes o meu amor
E agora és minha inimiga
A paixão virou ódio e por tua culpa
Até vale a pena tornar o ódio minha causa!
Hei-de reescrever a história
E deixaraás de existir para mim!
A partir do dia em que cruzaste a linha
Descobri que o amor é uma guerra!

A vida passa ferozmente
Mais rápida que o relâmpago
E desfaz-me em mil pedaços
Sem tempo de dizermos "Adeus!"

Demasiado assustado para correr
Demasiado orgulhoso para me esconder
Demasiado longe para cair
Demasiado alto para subir!

Baixei minhas defesas
Abri-te a porta de par em par
Dei-te tudo o que desejavas
Até não te poder mais dar!
E ainda ssim, dei-te tudo!
E disseste que era tudo ou nada!
Para ti era só um jogo!
Um jogo que nunca perdeste!

Mas eu vou reescrever as regras!
E por-te onde tu mereces ficar!
No sitio onde todas as pérfidas
Como tu merecerão sempre estar!

Por Medo

Muitos dizem que o olhar diz tudo,
Que através dos olhos se vê a realidade.
Que basta um indivíduo, seja surdo ou mudo,
Para desvendar se lhe dará ou tirará a felicidade.

O olhar a mim traz-me cegueiras
Tempestades de areia que me impedem de ver,
Chuvasque apagam fogueiras,
Nevões que levam vestígios e memórias do meu ser.

Vejo apenas os teus olhos, que brilham além do diamante,
Aqueles que me impedem de te compreender.
E sem desvendar esse segredo, caio ofegante...
Deixo de procurar pois o medo persegue-me a correr.

Este amortalha o desejo da realidade ter conhecimento.
Contento-me em imaginar que não seria bom saber.
Tornas-te então parte dos sonhos que não terão acabamento.
Ainda não sei o que me és, pois morreu o Querer...

Tenho medo

Tenho medo... Porquê?
Deixa estar eu conto não é segredo

Tenho medo de acordar e não te ver,
Não te ter para me aquecer os olhos
Tenho medo de sair da cama
Olhar para os lençois e nem ver lama
Tenho medo de sair porta fora e ver que não estás lá
Ver-te na névoa, ver-te em tudo menos cá
Tenho medo de olhar para mim e estar sozinho
Não te ter perto de mim para me dar carinho
Tenho medo de caminhar por terra e mar
Fugir daqui por mesericórdia, para conseguir ganhar
Tenho medo de entrar na escola e não conseguir aprender
Olhar para os livros e nada poder ler
Tenho medo do futuro que me exige o saber
Conhecer as rimas do mundo quando ele nem sabe ser
Tenho medo de entrar num campo e ter todos lá menos tu
De ter a companhia do calor, dos nervos do teu olhar ausente, frio e cru
Tenho medo de nunca mais sorrir
Ter de adormercer e nunca mais partir
Tenho medo de acordar um dia e não saber onde me enfiar
Tenho medo de te ter, tenho medo de te amar
Tenho medo de te magoar, sorrirei e em vão fazer-te chorar
Tenho medo de dizer o que tenho, tenho medo de escrever
Tenho medo de te perder, tenho medo, sim, de tudo o que existe
Tudo o que fluíste desde que me quiseste conhecer...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Amizade

Há que aproveitar a vida
Viver todos os bons momentos,
Não ficar a pensar no que já passou,
Porque é tempo que perdemos.

O que já passou não volta,
Temos de seguir em frente,
Podemos sentir alguma revolta,
Mas ficar a moer o passado é tempo perdido estupidamente.

Às vezes é difícil,
Há sempre qualquer coisa que não nos deixa avançar,
Para isso existem aqueles amigos,
Aqueles em que podemos confiar, pois "Amigo é aquele que confia".

Se neles podemos confiar,
Temos que com eles conseguir desabafar,
Pois são eles que nos iram ajudar,
E com isso mais alegres conseguiremos ficar.

Esses grandes amigos moram no meu coração,
E não pode ser coisa pequenininha,
Pois de todos temos de nos lembrar.

Os amigos são a melhor coisa da vida,
Com eles podemos sempre contar,
Eles longe de ti nunca poderam estar,
Porque no coração eles sempre têem de morar.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Rumo para a Morte

Saudades do tempo que deixei cair
Como migalhas do que devorava
Sem realmente saciar.
E as muralhas que ergui
Quando nao precisava de proteção
Só me isolaram do que verdadeiramente
Queria alcançar.
O horizonte que desenhei no firmamento
Sempre foi visão turva e ingénua
Do que devia ter como objectivo.
E tu ficas-te sempre a ver
Se eu olhava.
Nada disses-te
Nem tentas-te
Impedir os meus erros.
Limitas-te te a observar
A minha auto-destruição
Bem patente no meu leve
E derrotado sorriso.
Ficas-te à espera,
Em profundo silêncio e trsiteza
Por testemunhares a minha morte,
No teu abismo, que eu me virasse
Para trás por te sentir cair
A cada passo que dava no sentido oposto.
A minha marcha começara com o aniquilamento
Da esperança.
Sem ela podia ser livre.
Nada querer, nada esperar.
Só livre.
E no entanto para ti,
Presa na gravidade do teu abismo
Era tudo o que tinhas.
Mas, se houvesse um "mas",
Todos os homens seriam capazes
De ver as suas costas,
Todas as mulheres teriam
Uma corda de segurança
E todos escolheriam o rumo perfeito
Para a sua morte.